segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Empreendedorismo, saber e atitude

Por Carlos Júlio Lemos

Primeiro quero agradecer aos companheiros contemporâneos de site e extemporâneos de idéias, que me aceitaram nesse grande time: alunos e professores que usam o seu tempo livre, porque acreditam nas idéias que podem se transformar em ações positivas na escola e comunidade.

Construção do saber extemporâneo Alguma vez na vida você já esteve pensando: - Puxa se há dez anos atrás eu tivesse a experiência de vida que tenho hoje, certamente faria diferente, faria melhor ou teria uma grande vantagem competitiva!!

Agora pensando bem, cada pessoa tem ou é o resultado do seu esforço e ações visando metas preestabelecidas. Para o sociólogo “o homem é influenciado pelo meio em que vive”, os nutricionistas diriam que “se é o que se come”. Acredito ser o homem um feixe de hábitos, é o que faz repetidamente em sua vida. Por exemplo: focar-se em resultados positivos.

Então, percebe-se que quanto mais cedo nos damos conta de que com planejamento e estratégia, podemos alcançar nossos alvos, com mais facilidade e rapidamente conquistaremos a tão desejada vantagem competitiva: empresarial ou pessoal. E nesse caminho, percebemos que se não temos hoje àquela experiência que precisamos, certamente, necessitamos de orientadores ou professores. Esse vivenciado amigo que nos mostra caminhos, alerta para perigos e nos motiva a construir o conhecimento.

Aprendendo a empreender O empreendedorismo não se ensina - se incentiva (professor) e se vivencia (aluno). Creio no empreendedorismo como estratégia competitiva e como única alternativa viável no combate ao desemprego e as desigualdades econômico-sociais, pois os aspectos reais da economia devem ser produção, emprego e crescimento. O desemprego do homem deve ser tratado como tragédia, não como estatística econômica. Por isso, estimular a prática empreendedora torna-se, antes de tudo, uma profissão de fé.

Alguns empreendedores são natos, realmente nascem prontos; uns desenvolvem essa habilidade, outros, sequer se dão conta de seu precioso dom. Os extemporâneos podem nos dar algumas dicas. Mas, assim como não se nasce “empregado” – nosso sistema educacional nos ensina a ser “funcionário” – o empreendedorismo pode igualmente ser ensinado. Mas que fique claro uma coisa: empreendedorismo é um jeito de ser e não de saber. Está vinculado mais a atitude do que ao conhecimento.

Assim, empreendedorismo pode não ser apenas aprendido, mas apreendido; não apenas compreendido, mas vivenciado! Você tá ligado?

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Doutorando em Economia pela Unisinos e professor da Escola Técnica Irmão Pedro. Porto Alegre, RS

Texto publicado no site Extemporâneo em dezembro de 2005.